Balsas de Ebro Viejo: monitorização de uma reabilitação

O que foi monitorizado?

Durante um período de 1 ano (segmentado pelos quatro períodos sazonais), foram monitorizados o consumo elétrico e de gás (tanto para aquecimento quanto para ar condicionado), bem como a temperatura e a humidade no interior e exterior de 3 habitações: 2 situadas no edifício reabilitado e a terceira situada no edifício não reabilitado, todas elas com perfis de uso e ocupação similares.

Oroel 2 – 3ºD: Edifício Reabilitado, Habitação intermédia
Oroel 2 – 4ºD: Edifício Reabilitado, Habitação de cobertura
Oroel 4 – 4ºI: Edifício Não Reabilitado, Habitação de cobertura

Consumo e temperatura das 3 habitações analisadas durante os meses de janeiro, fevereiro e março:

Como se pode observar, os dados indicam uma redução significativa do consumo de gás em ambas as habitações do edifício reabilitado (Oroel 2 – 3ºD e 4ºD), comparado com a habitação do edifício não reabilitado (Oroel 4 – 4ºI).

De forma semelhante, os dados obtidos sobre o conforto térmico revelam que as habitações reabilitadas conseguem temperaturas médias mais estáveis, oferecendo um conforto térmico de melhor qualidade.

Além disso, focando no edifício reabilitado, é importante destacar que o consumo de gás da habitação intermédia é o mais otimizado, pois é materialmente menor do que o da habitação de cobertura.

Assim sendo, não só foi alcançada uma poupança global de mais de 55% no consumo energético, mas também uma melhoria na qualidade de vida das pessoas que habitam no imóvel. De fato, tal monitorização contribuiu para uma melhoria significativa na solução construtiva empregue nas novas obras de reabilitação que atualmente estão a ser realizadas no bairro de Balsas de Ebro Viejo.

Análise dos Resultados

Após a análise dos dados recolhidos durante a monitorização dos dois edifícios, conclui-se que as vantagens da reabilitação energética da fachada com o Sistema REDArt são:

1. Conforto Térmico:

   • O conforto térmico nas habitações é acentuado pela estabilidade térmica interior durante as quatro estações do ano.

2. Inércia Térmica:

   • O aumento da inércia térmica devido ao isolamento exterior com lã de rocha. Apesar de ambos os edifícios experienciaram as mesmas temperaturas exteriores, a habitação no edifício não reabilitado tem uma velocidade média de arrefecimento 2,21 vezes mais rápida do que as do edifício reabilitado, o que representa uma clara desvantagem durante o inverno.

3. Economia de Energia:

   • A economia média de energia em aquecimento é de 58,42%.

4. Economia por Tipologia de Habitação:

   • A economia de energia na habitação intermediária é mais do que o dobro em comparação com a habitação no último andar. Portanto, recomenda-se que em qualquer reabilitação energética se isole toda a envolvente, incluindo fachadas, coberturas e lajes em contato com o solo, na medida do possível.

5. Consumo de Energia Primária Não Renovável:

   • O consumo anual de energia primária não renovável é inferior ao exigido pela secção HE0 do DB-HE, que estabelece um limite de 70 kWh/m² útil/ano para reformas na zona climática de inverno D, correspondente a Zaragoza.